Poema de Vigilância
Cybertirano
Eu gosto porque você se ilude
Você pensa que se liberta
Mas para todos os seus dados
Sua porta está sempre aberta
Não adianta o que você use
Ou até que antivírus coloque
Mas fico aqui te espionando
Até que você se toque
Os dados pra mim são grana
Eu ganho no que você faz
Meu objetivo é que você aja
Sem ao menos olhar pra trás
Enquanto isso eu fico aqui parado
Pensando em mais cyberperipécia
Enquanto sento em uma certeza
De uma sociedade marcada pela inércia
Mas tenho que estar vigilante
Mesmo fazendo o que seja ilegal
Porque nunca sei o que um jovem pode fazer
Com um sonho, um celular e uma rede social
Escrevi esse poema baseado nas leituras e nas disucssões que faremos sobre Capitalismo de Vigilancia e Tecnopolítica. Espero que tenha gostado, tentei trazer um ponto de vista a partir dos nossos ladrões de dados. Fica o recado: proteja-se como pode e trabalhemos juntos para mudar essa realidade terrível em que vivemos, marcada pela cyberinsegurança.
Bacana o poema Igor, é importante denunciarmos que nosso desconhecimento, inércia, alienação são também explorados pelo capital, pois possibilita a manipulação, o controle, a apropriação. Bacana também a imagem, estamos todos "algemados", com fios invisíveis e sem nos darmos conta de que esses fios estão à nossa volta e, a cada dia, se apertando mais, até o ponto de que estaremos todos sufocados, sem muitas condições de escapar desse sistema.
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