A modernidade que derrete
A líquida modernidade, os sólidos problemas
Das vozes que ouço,
das vozes que gritam
De todos os problemas
que não têm idade
São todos os pontos,
que todos convergem
Para conformar nossa
líquida modernidade
Imaginava-se que
melhoraríamos
Nossa desigualdade,
densa, imunda
Mas só vemos com o
tempo
Que quase tudo de
desigual, somente aprofunda
A globalização chegou
e todos nos inserimos
Com promessas sem fim
que esbarram à beira
Mas será que tudo que
vemos, o que temos
Chegam a todos da
mesma maneira?
Os grupos poderosos,
que tudo dominam
Apenas aparências,
conteúdo beira a nada
Mas sei que distantes,
de seus holofotes
Se tratam apenas de
uma burguesia acomodada
Mas e a solução, será
que encontraremos
Quando vamos aprender
depois de todos estes anos?
Acredito numa resposta
única
Somente quando virmos,
quando ser mais humanos
Assim como o gelo que derrete sob as reações da natureza, as nossas relações sociais também mudam de forma, mas precisamos escolher de que maneira evaporaremos... Se será como a água que desaparece espalhada no ambiente, ou formaremos nuvens e levaremos informação, conhecimento e esperança de um mundo melhor.
Importante essa escolha que precisamos fazer, que papel vamos desempenhar socialmente... vamos alimentar o modelo que aprofunda as dominações e as desigualdades ou vamos nos fortalecer, coletivamente, para fazer o enfrentamento a ele. Somente no coletivo podemos encontrar caminhos alternativos.
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